domingo, 20 de dezembro de 2009

A História do Demonio


Sou de princípio um pesquisador, um professor de história, e não sou teólogo. E o assunto em pauta, sinto que é uma necessidade, uma vez que ontem fiz a abordagem de uma Igreja Católica envolvidas em polêmicas quanto as figuras nelas expostas, assim como hoje trouxe a tona mais um fato em que as pessoas fazem atos criminosos, e atribuem a religião. E há pessoas menos avisadas que com certeza vai atribuir tudo ao demônio.


Mas históricamente podemos ler no Livro "A História do Demônio" escrito pelo historiador Fernando G Sampaio, editado pela Editora Garantuja, em que ele afirma que "O Demônio já assustou muita gente, e hoje já caiu no descrédito" Neste livro que tem o prefácio de Cyro Martins, que vai dizer que com o desenvolvimento da psicologia, da psiquiatria e mais especificamente da psicanálise, o endemoniamento foi progressivamente desmascarado.


A denomonomania ou demonopatia é, com efeito, uma doença mental caracterizada pela crença tremendamente angustiante de estar possesso do demônio. Tais doenças interpretam suas pertubações físicas num sentido dirigido: como nos tempos em que o gênio do aml estava solto, qualquer dor toráxica era considerada como uma tentativa do Diabo, para lhe cortar o ar e arrancar o coração.


A Igreja católica não foi criadora da entidade clínica e histórica chamada endemoniamento. Essa crença perde-se no tempo. Mas essa Igreja conseguiu capitalizar com seus doutores, sabiamente e pormenorizadamente. Usando o mito na Idade Média, e lendas que alastrou-se pelo dia a dia das pessoas. e somente no Renascimento começam a questionar-se a respeito do Demônio. Nos ultimos séculos da Idade Média, a possessões e o exorcismo consequente foi uma forma de morbilidade mental da época. Hoje não está muito mais sábia a sociedade, obstantemente em relação a desmistificação das crenças tradicionais.

O peso da supertição é visto ainda nos programs televisivos de igrejas todos querendo caçar o demonio. E as igreja falam mais no demônio do que em Deus.


Fernando Sampaio nos conta e faz um histórico, sobre a origem de Lucifer, diabo, Demônio ou Santanâs, que ele vê como sinônimo. E ele trata como resultado de uma lenta elaboração dos teólogos e sua história está montada em cima de uma tradição antiga na qual na Bíblia atual há alguns vestígios. Lucifer ganhou status na Idade Média com Príncipe dos demonios. E surgiu da Lenda das revolta dos anjos.


A Bíblia atual é o resultado do expurgo, e numa seleção muitos rituais ficaram de fora, e dai a dificuldade pra pesquisar e compreender o ritual do exorcismo. Há um livro conhecido como Apócrifo que tem apenas uma fração na Bíblia atual exatamente em Genesis, 6 "A corrupção do genero humano:

1-Comose forma multiplicando os homems na tera , e lhe nasceram filhas,

2-vendo os filhos de Deus, que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si as mulheres, as que entre todas, mas lhe agradaram.

3-Então disse o senhor:O meu espitrito não agira para sempre nos homens, pois este é carnal: e os seus dias serão cento e vinte anos....

Numa versão brasileira encontramos "Houve anjos que se deixaram cair do céu para amar as filhas da terra" e isto encontra-se na Revolta dos anjos.Pois os anjos do Céu viram e apaixonaram pelas mulheres na terra.


E assim segue sua obra falando do Livro de Enoque, dos anjos bons e maus, do Bispo Lucifer, de Satã o cobrador de imposto de André Aymard, Os olhos do rei, a Historia de Job, a Isthar Venus a Deusa Babilônica, A queda de Venus, O resplandecente,A queda da Babilônia,O Demonio na qual em Lucas ele fala de Satanás e faz referência aos demônios, ao Momento em que os Deuses viram os demônios, a Idéia do Inferno,Gehena, O tártaro, Os titãs,o culto de mistério de Enéias,A natureza do demônio e a Movimento Politico do Inferno, e os Principais demonios , Incubos e súcubos, os sonhos erôticos,o relatório Kinsey, As missas negras da renassencias e o Demônio hoje.São esses assuntos e outros que compõe essa obra, que merece ser lida.


É um livro provocativo, e erudito. e com base nisto o Diabo continua bem vivo e presente nas pessoas que precisam de tratamentos psiquiatricos.



Manoel Messias Pereira

professor


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