quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Natal na antropologia Estrutural

Temos na foto acima o antropólogo francês Claude Lévis Strauss que viveu muito tempo no Brasil, pesquisando os nossos indígenas. E foi ele quem criou a idéia da antropologia estrutural, que é cunhada noseu livro clássico chamdo "Antropologia estrutural" publicado originalmente em 1958, e concentra-se no modo como elementos de um sistema se combinam e não em seu valor intrínseco. Diferença e relação são conceitos essenciais. A combinação desses elementos dá margem a oposições e contradições que servem para dar ao reino social o seu dinamismo. Assim a Antropologia estrutural considera a cultura um sistema de comunicação por símbolos, que deveria ser analisada da mesma maneira, como se analisa o romance.

Temos ai a figura do Papa Noel, seguindo o modelo saido da propaganda da Coca Cola, mas que ninguem lembra do outro Papi Noel, vestido com a roupa verde.

Os presente de Natal, um costume desta sociedade ocidental, e que muitos atribuem a entrega do presente a Jesus Crist, levados pelos reis magos.


O antigo Papai Noel, com a tradição das calças verdes e camisas xadrez.
Estas mudanças vão ocorrer, e vamos passar a entender isto usando um pouco do olhar estrutural de Lévi Strauss, principalmente num texto escrito por ele, em que chamava o Suplício do Papai Noel, em que ele via a comemoração do Natal na França bem diferente daquela em que ele conheceu antes da segunda guerra mundial. E dizia que o desenvolvimento tanto por importância material quanto pela forma tinha a influencia dos Estados Unidos da América.
E notava as grandes árvores de Natal nas avenidas, todas iluminadas a noite, os papeis pra presente, os cartões de boas festas, o Exército da Salvação nas ruas e nas praças, nos pontinhos de pedintes. Dizia que todo este cenário de costumes parecia pueris barrocos aos franceses, que visitasse os Estados Unidos como sinal evidente da profunda incompatibilidade entre as duas mentalidades, que agora aclimaram-se na França com uma facilidade e amplitude que se tornaram assuntos estudados pelo historiador das civilizações.
Quanto a árvore de Natal, ele afirma que nada tem mencionado, sabe que começa na Alemanha no século XVII, vai para a Inglaterra no Século XVII e chega a França no Século XIX. O dicionário Litle parece conhecer pouco sobre isto. Já a idéia de São Nicolau, Santa Claus, papai Noel, foi o resultado de um fenômeno de convergência e não um protótico antigo conservado por toda a parte.
E chega ao seguinte resultado, que a árvore de natal surge uma solução sincrética, que concentra num só objeto exigências até então dispersas: arvore mágica, luz duradoura, verde persistente. Inversamente papai Noel em sua forma atual é fruto da criação moderna é a mais recente crença que mora na Groelandia que é uma possessão dinamarquesa o que obriga o país manter uma agência de correio postal, pra responder as cartas de crianças do mundo todo.
Nascimento da árvore no conceito histórico
A árvore vai surgir, após a reforma protestante. Vem da Alemanha, foi lá que Martinh Lutero em 1525 casa-se com a ex-freira Katharina Von Bora, que fora deserdada do Convento de Nimbsch. E foram construir um Lar, que passou a ser o templo de Cristo reformado. E a conversa ao redor da mesa substituia a comunhão católica. Daí o ex-monge agostiniao, vai plantar uma árvore num vaso com terra e decorar com pequenas acesas dai nasceu a árvore de Natal. Ou seja da casa de Martinho Lutero.
Manoel Messias Pereira
professor de História
(explicação estrutural)



Um comentário:

  1. Caro Prof. Messias,

    As Igrejas Ortodoxas não celebram o Natal no dia 6 de janeiro, e sim, no dia 25 de dezembro. Acontece que a maioria de nós commora o Natal segundo o Calendário Juliano que está 13 dias atrasado em ralação ao Gregoriano.

    Todas as Igrejas Ortodoxas mantêm a tradição de comemorar o nascimento do Salvador em 25 de dezembro, quer no Calendário Juliano quer no Gregoriano.

    Atenciosamente,

    Pe. Mateus (Antonio Eça)

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