domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Falsidade do idealismo burguês


Pensar o olhar sobre a realidade, observar que as estruturas burguesas ainda determinam os destinos de um povo, de uma nação, de um viés crítico burgues. E é esse estágio de falsidade que vem do idealismo burgues que nós comunistas devemos analisar, pra determinar que projeto queremos, e para isto alicerçamos em Karl Marx.


O pensar o olhar socialista é muito mais que isto, é estabelecer que essas idéias contidas no Manifesto, seja posta em prática, no cotidiano de quem atua numa militância político-social.


Quando lemos Iring Fetscher, ele diz que Karl marx viveu na foz da época burguesa. Segundo sua própria interpretação vem depois do máximo esforço de auto-compreensão da filosofia idealista alemã e da economia política clássica dos ingleses. Sua tarefa só pode ser eliminar o transmitido e transcender o horizonte estreito do mundo burguês na ação e pela ação. Eliminação pressupõe apropriação e uma penetração do transmitido, que o compreenda melhor qdo que compreenderam os seus prórpios expoentes.


A eliminação dialética se desenvolve, a partir, do mundo, novos princípios do mundo, aproxima-se do imanente transcendente pela conscientização. Que é, portanto, essa realidade burguesa e a ideologia que dela faz parte, completando-a, e como poder ser eliminada e superada?


A ideologia burguesa é um falso reflexo de uma falsa realidade. nem o reflexo verdadeiro de um mundo falso, nem o reflexo falso de um mundo verdadeiro. na dupla falsidade não há uma anulação dialética da falsidade como tal. mas a exigencia de transformar esta falsa realidade numa realidade retificada, em virtude da qual será então possível a autêntica verdade.


A ideologia burguesa caracteriza-se melhor pelo idealismo, por uma doutrina que fazia da Idéia um fator autonomo, isolado do resto da realidade, vendo nela a verdadeira fôrça motriz da evolução histórico-social. E neste contexto esta ideologia é falsa em dois aspecto a) absolutamente falsa (em si) é a reificação e o isolamento do ideal para uma substância independente da totalidade histórica. E b) relativamente falsa, relacionado com a realidade por ela visada, falsa é a afirmação de que o ideal, a consciencia seria a verdadeira força motriz da história.


A falsidade absoluta poderia ser eliminada teoricamente por uma correção ideológica, se não fosse uma consequência necessária da falsidade relativa, que poderia ser retificada sem correção da realidade e que ela reflete e que a impulsiona.


A realidade do mundo capitalista burguês é falsa pois nêle o processos materiais objetivos determinam o destino dos indivíduos segundo a sua natureza genérica é um ser que produz conscientemente a sua essência e a si próprio como espécie. Por outro lado o mundo burguês é falso porque nele existe a alienação porque nele reificou e alienou o resultado das ações individuais conscientes de todos os indivíduos (isolados) para um poder material perante eles.

Portanto, a falsidade relativa da ideologia burguesa baseia-se no fato de dizer que o mundo falso está certo, que esconde os erros de um mundo falso fazendo a prepotência reificada das relações materiais um fator ideal, autonomo, reconciliando, deste modo, os indivíduos espiritualmente com ele (Hegel).


E o primeiro passo de Karl Marx, é a crítica à escamoteação ideológico-burguesa, do mundo falso capitalista burguês. A destruição crítica desta escamoteação é a condição prévia para auferir a falsidade ideológica e a realidade: faz com que a ação apareça, ao mesmo tempo, como necessária e possível.





Manoel Messias Pereira
professor

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