domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os imigrantes Italianos

Hoje conforme a Lei n.11687 de 02 de junho de 2008, é o Dia do Imigrante Italiano, no Brasil, e este é um povo que tem uma cultura muito forte, e presente na vida e na história do estado de São Paulo.Os italianos são conhecidos como povo que falam alto, gesticula muito o falar, a maioria da colônia torce para a Sociedade Palmeira, que no Passado chamava-se Palestra Italia.
O fluxo da imigração italiana,iniciou-se no Brasil em 1827, durante o Império. Mas somente em 1885 e 1889 é que um total de 168.127 trabalhadores estrangeiros chegaram ao Brasil e destes 137.367 eram italianos. É que a Italia acabara de sair de uma luta interna pela sua unificação, e via-se as voltas com o desemprego, e a superpovoamento e vai encontrar no Brasil um imenso campo de trabalho para os seus filhos.
O imigrante chegavam sem conhecer a terra,, incapaz de abrir frente de trabalho pra empregar e produzir comida para todos. Neste período o governo brasileiro não dava nehuma garantia em relação a segurança, a relação de trabalho no Brasil era de escravidão e poucos tinham o trabalho livre. Mas o italiano chegava sem conhecer o clima, sem conhecer o idioma.
O Contratado partia para as fazendas ou iam empregando nas poucas industrias no Brasil. Tenho um amigo e camarada que Valter de Lucca, que conta que quando a família dele chegou por aqui, tiveram que comer a raiz da mandioca, e a avó dele dizia, que veio da Italia, pra comer raiz de pau por aqui.
Assim como nós africanos que quando fomos trazidos da África, trouxemos ideologias, filosofias, religiões, os italianos também e grande parte das idéias anarquistas, e fascistas tiveram seio a comunidade italiana. Muitos italianos, recitava a poesia de Pietro Gori, que era uma advogado anarquista.
"Ho creduto alla Pátria
E in estasi graziosa
Vagheggiata L'avevo
Genitrice amorosa.
Ma un Giorno vidi affollarsi,
silenziosa e grave,
Un'orda di imigrante
A bordo di una nave,
Erano i tuoi figli, ó Italia,
erano i tuoi bastardi
Che partivam silenziosi e benffardi.
Allor il ver compresi
Ó vencchio ideal: l'infransi
conteplai le tue vittime,
ti maledissi e piansi



Aos poucos a interligação do imigrante italiano e o trabalhador brasileiro, foi ganhando consistência, e foram os italianos que iniciaram a liderar as reivindicaçãoes sociais, graça ao um trabalho desenvolvido entre os patrícios, na propagação das idéias libertárias.
Na Europa fazia os brados, e as reivindicações aprovadas na I Internacional Socialista e na América do Norte os protestos eram contra o enforcamento de cinco anarquistas, que se tornaram conhecidos como "Os Mártires de Chicago"
Para o explorador brasileiro, como podemos chamar o patronado brasileiro, só entendia que o trabalhador tinha 12 horas de lutas diarias, para garantir os seus lucros do patrão ou até 16 horas ás vezes, que deviam receber um salário que o patrão quizesse dar e em silêncio, e deviam aceitarsem reclamar. Ou seja o nosso empresários e fazenderiros se hoje tem uma mentalidade de senhor do engenho, imagine naquela época.
No livro de Edgar Rodrigues ele narra que D. Pedro quando estava recolhido em Milão na época em que o músico braileiro Antonio Carlos Gomes apresentava-se e estudava na Itaáia, foi apresentado ao imperador do Brasil, o engenheiro agronômo Giovani Rossi, que era uma anarquista, que era um cidadão que pronunciava palestras na Casa do Povo em Milão e escrevia artigos humanistas no Jornal Le Sperimentale, de Bréscia. Deste encontro em que D. Pedro começou a pensar e resolveu que aqui teria para os italianos, a idéia da Colonia Anarquista Experimental, e assim foi oferecido os 300 alqueires para experiencia inicial, na qual vieram na oportunidade 10 mil imigrantes pra essa fazenda. mas tarde os repúblicano, roubaram os anarquistas e taxaram pesados impostos sobre suas terras.
Recentemente estive com a Professora Rosely Gallo Y Sanches, na Fundação Casa, proferindo uma palestra para os internos de lá em que ela narou um pouco da saga destes imigrantes, desde a chegada a até a transformação do Brasil. Aqui plantaram um sonho e aqui construiram um lar, muitos hoje tem dupla nacionalidade, mas com certeza, aprenderam a conviver e compartilhar com o ser diferente entendendo que o Brasil é a terra da diversidade da pluralidade da construção coletiva, do jeito fácil de apaixonar-se e cantar como Adonirã Barbosa cantava o Bixiga, o puro reduto e um pedaço da Itália no Brasil.
Manoel Messias Pereira
professor

Um comentário:

  1. Sou Palmeirense e Palestrino . Meu time de futebol nasceu com a força do amor , trabalho e muita luta desse povo que vejo na tela. Obrigado por seus antepassados fazer nascer um time de futebol , e manter vivo a saga daqueles que mostraram ao mundo que somos capazes. Estariamos atrasados séculos , se não fosse os imigrantes italianos , uma nação , uma mito , um mundo que um dia o Brasil jamais esquecerá , pois o Palestra , ou Palmeiras carregara essa história no escudo do Palmeiras.

    Obrigado Imigrantes , por fazer nascer meu palestra , a alegria do meu mundo.

    joseirabi@gmail.com
    https://sites.google.com/site/universegoal/

    Um site em construção criado para o mundo palestrino.

    Deus abençoe a todos vcs

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