sábado, 12 de junho de 2010

Hoje é um dia de lembrar Vinícius de Moraes

No dia dos namorados geralmente fala-se de amor,oferece-se uma canção, escreve-se ua poesia, e neste dia fala-se do poetinha do Amor, como era chamado e considerado até hoje Vinícius de Moraes.

Para ele a experiência do amor é trágica, e o que responde por essa tragicidade, é o fato de que o amor acaba; como ele dizia "o amor é uma intensidade que queima, consome-se, consuma-se, esvaziando-se fatalmente."

E se esvazia em alta intensidade como escreveu o doutor em literatura Francisco Bosco, "Se é alta intensidade que, no tempo, esvazia-se, só lhe restava aceitar essa dinâmica e acatar o fim do amor. - o que significava abrir novamente a possibilidade de um novo amor, da vivência de uma nova intensidade alta, e assim sucessivamente.

Na musica canto e contraponto, Vinicius escreveu

"Perto da dor do saber,
Que o meu céu não existe
Que tudo que nasce
tem sempre um fim
até meu carinho, até meu amor,"


A experiencia trágica é que não há céu, não há abrigo desta verdade, e quando o amor acaba é inutil fingir, não te quero enganar.


E no pacto da alta intensidade, Vinicius vê felicidade e escreve

"A felicidade é como bluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
mas tem a vida breve
precisa que haja vento sem parar"

em outro texto diz

"A felicidade é efemera
como as altas intensidades
Preciso haver uma força que a mantenha no ar.
ou melhor que volte a ergue-la do chão
por onde deverás passar sempre
A experiência do chão é terrivel
mas é preciso suportá-la
pois o temor pode potar
tudo a perder"


Texto "fragmento" de Francisco Bosco, sobre a poesia de Vinícius de Moraes

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Manoel Messias Pereira

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