quarta-feira, 27 de outubro de 2010




Congresso Brasileiro de Psiquiatria discute dor na depressão

27/10/2010 13:16

Fonte: Jornal A Hora Online



Acontece esta semana, até 30 de outubro, em Fortaleza, o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, reunindo os especialistas mais renomados na área de saúde mental do Brasil e do mundo. O evento terá como destaque a discussão sobre a relação entre depressão e dor. Este será o tema da palestra “Melhorando o processo de decisão clínica no tratamento da depressão”, ministrada pelos psiquiatras Dan Stein (áfrica do Sul) e Allan Young (Canadá). Segundo o psiquiatra Dan Stein, professor e chefe do departamento de psiquiatria e saúde mental da Universidade da Cidade do Cabo (áfrica do Sul), a dor física é um sintoma somático muito frequente em pacientes que apresentam depressão. Cerca de 80% dos pacientes que sofrem de depressão também apresentam dor. “Há uma variedade muito grande de sintomas somáticos na depressão, incluindo aqueles que fazem parte do critério de diagnóstico formal, tais como perda de energia ou fadiga, e também aqueles que não são contemplados pelo critério formal, como os vários tipos de dor”, complementa Dr. Stein. Durante a depressão, os níveis de serotonina e a noradrenalina, neurotransmissores do sistema nervoso central, diminuem e com isso os estímulos dolorosos são amplificados, o que explica a grande incidência de dor em pacientes depressivos. Para o Professor Allan Young, chefe da psiquiatria geral da Universidade de Newcastle (Canadá), é importante explicar ao paciente quais sintomas físicos são consequência da depressão. “Devemos tratar o paciente como um todo”, afirma. “A depressão é uma doença na qual tanto a mente quanto o corpo são afetados pela dor e outros sintomas físicos. No entanto, ainda são muitos os psiquiatras que não entende a dor como um sintoma presente na depressão”, diz Dr. Young. De acordo com Dr. Jerson Laks, coordenador do Centro para Alzheimer Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os pacientes que procuram médicos psiquiatras por depressão não costumam comentar sobre suas dores, pois normalmente concentram suas queixas nos sofrimentos. Porém, a dor não tratada pode desencadear um ciclo vicioso que não permite a cura da depressão. “As pessoas que não tratam a depressão corretamente sofrem de incapacidade crônica e piora significativa da qualidade de vida”, comenta Dr. Laks. Atualmente, pacientes depressivos com sintoma de dor - de moderada a grave – podem se beneficiar de tratamentos mais modernos, como a duloxetina, um antidepressivo dual que age na recaptação da serotonina e noradrenalina, desempenhando uma função analgésica contra a dor física.















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Manoel Messias Pereira

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