domingo, 23 de janeiro de 2011

14a. Mostra de Cinema de Tiradentes




Festa democrática da sétima arte em Minas
23/01/2011
Fonte: Jornal Estado de Minas

Tiradentes – Dezenas de pessoas participaram ontem do tradicional Cortejo da Arte, que integra a programação da 14ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes. Grupos como Banda Ramalho, Chupinha, Entre & Vista, Trupe Circo, além de marionetes gigantes e artistas convidados promoveram passeio pela cidade, que teve início na Igreja do Rosário e passou pela praça central.

“Todos os anos chego cedo para não perder a festa”, disse a artista plástica Maria Amália do Carmo Reis, de 42 anos. Para ela, que mora em São João del-Rei, a folia é oportunidade de mostrar aos filhos, João Pedro, de 3 anos, e Luis Filipe, de 7, um pouco da tradição cultural da região. “Nem sempre as escolas valorizam essas manifestações. Cabe aos pais apresentar alternativas à televisão e ao computador”, reforça. A festa contou ainda com brincadeiras com palhaços e destacou marchinhas de carnaval na trilha sonora itinerante. O dia começou com a exibição do infantil Eu e meu guarda-chuva, de Toni Vanzolini. O longa de ficção é inspirado na obra de Branco Mello, Hugo Possolo e Ciro Pessoa, e conta a aventura de três crianças que, na última noite de férias, decidem visitar a nova escola em que irão estudar. Hoje, a programação também tem exibição especial para público infantil. O filme Brasil animado, de Mariana Caltabino é o primeiro do gênero a ser produzido no país. Da mesma diretora, a Mostrinha exibe ainda Gui, Estopa e a natureza, em que os protagonistas descobrem que muitos desastres envolvendo o meio ambiente são consequência de ações impensadas das pessoas no dia a dia. Vários diretores, atores e realizadores participam de debates com o público. Ontem, Júlio Bressane provocou a plateia na palestra “O percurso de Saraceni” e estimulou debate entre os participantes. O cineasta e produtor carioca Zelito Vianna comentou a realização de dois projetos especiais neste ano. O primeiro começa em meados do mês que vem, em Pernambuco, onde ele dirige Sons da esperança – documentário sobre a rotina de uma orquestra integrada por jovens moradores de periferia. Em seguida, ele passa a se dedicar ao longa Bisa Bia, Bisa Bel, em livre adaptação de romance de Ana Maria Machado para crianças. “é muito difícil e diferente trabalhar para público infantil. Estou me valendo muito da experiência com meus netos”, comentou. Tiradentes oferece novidades ao turista nesta edição do festival. Em frente ao Cine Tenda foi inaugurada uma feira de artesanato, com estandes de artesãos locais, que comemoram a oportunidade de mostrar o trabalho para público heterogêneo e numeroso. Boa parte dos bares passou a oferecer música ao vivo, com repertório de MPB, e também foram abertos novos estabelecimentos, como cafeterias e restaurantes. Amanhã, haverá encontro nacional do Fórum dos Festivais, com eleição de diretoria mediada por Antônio Leal. Entre as estreias, a Mostra Aurora exibe o documentário Enchente, de Julio Pecly e Paulo Silva, que lembra a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro em 13 de fevereiro de 1996, quando cerca de 80 pessoas morreram e centenas ficaram desabrigadas em período de chuvas intensas na cidade. HOJE 11h - Brasil animado, de Mariana Catalbino (animação, 3D, 75 minutos, SP, 2011) 11h - Bate-papo do filme Avenida Brasília Formosa 12h15 - Bate-papo do filme Cortina de Fumaça 13h - Circo, no Cine Praça 15h - Gui, estopa e a natureza, de Mariana Caltabino (animação, cor, digital, 56 minutos, SP, 2010) 16h30 - Mostra Panorama de curtas Parangolétryko, de Marco Lafer e Marcelo Lee Uma noite em 68, de Ionaldo Araújo A musa da minha rua, de Adolpho Lachtermacher Queda, de Pablo Lobato Falta de ar, de Erico Monnerat 17h - Paranã Puca – onde o mar se arrebenta, de Jura Capela (documentário, cor, digital, 65 minutos, PE, 2010) 18h - A alegria, de Felipe Bragança e Marina Meliande (ficção, cor, 35mm, 100 minutos, RJ, 2010) 20h - Malu de bicicleta, de Flávio Tambellini (ficção, cor, 35mm, 90 minutos, RJ, 2010) 21h - Solidão e fé, de Tatiana Lohmann (documentário, cor, 35mm, 82 minutos, SP, 2010) 22h - VIPs, de Toniko Melo (ficção, com 35mm, 96 minutos, SP, 2010)







©UN | Plugar Informações Estratégivas S.A

Nenhum comentário:

Postar um comentário

opinião e a liberdade de expressão

Manoel Messias Pereira

Manoel Messias Pereira
perfil

Pesquisar este blog

Seguidores

Arquivo do blog