quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

CACIQUE VERON
Em 13 de janeiro de 2003 - Quatro homens invadem o acampamentos indígena Takuara e assassina o cacique Kaiowa Marcos Veron.Veja o histórico sobre este fato histórico no processo, que resultou disto tudo. publicado pela imprensa.abaixo.


Após MPF abandonar júri, caso de morte de líder indígena será julgado em 2011
Da Redação - 07/05/2010 - 07h51



O julgamento dos acusados do assassinato do cacique guarani-kaiowá Marcos Veron, Carlos Roberto dos Santos, Estevão Romero e Jorge Cristaldo Insabralde, foi adiado para o dia 21 de feveireiro de 2011. O crime aconteceu em janeiro de 2003, em Juti (MS). A determinação foi da juíza federal Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal.


MPF abandona júri sobre morte de cacique por impasse no depoimento de indígenas
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O júri foi remarcado para 2011 devido a impossibilidade orçamentária da Justiça Federal de São Paulo em arcar com as despesas de um novo Júri ainda neste ano.

“Quero frisar que a Justiça Federal, desde a sessão designada para o dia 12/4, tem arcado com despesas altíssimas, que somam até o momento cerca de R$ 30 mil [...]. Esse dinheiro consumiu boa parte do orçamento do setor de diárias e passagens da Justiça Federal, comprometendo-o de tal forma que infelizmente, para este ano, não haveria possibilidade orçamentária para a realização da sessão de julgamento, caso a pauta da 1ª Vara permitisse”, diz Paula Mantovani.

O valor total das despesas ainda está sendo calculado pelo setor administrativo.

A juíza afirma que a “lamentável” situação deve-se, em parte, ser atribuída ao ato ilegal adotado pelo procurador da República Wladimir Aras, que abandonou a sessão do dia 4 de maio sem estar amparado em qualquer motivo razoável, “visto que o acerto ou desacerto da decisão desta magistrada deveria ter sido objeto dos recursos jurídicos cabíveis, de acordo com a lei processual penal, e não atacados por ato desarrazoado do órgão Ministerial que, inconformado, decidiu se retirar do plenário”.

Por considerar injustificada a atitude do procurador, Paula Mantovani entende que ele deve ser responsabilizado pelos danos causados ao erário público, relativos aos gastos suportados pela Justiça Federal para a realização da sessão iniciada dia 3/5, tais como passagens aéreas de testemunhas da acusação, vítimas, dos réus, contratos de alimentação, hospedagem e atendimento médico.

O caso

Acampados na terra indígena Takuara, na Fazenda Brasília do Sul, os kaiowá sofreram ataques entre os dias 12 e 13 de janeiro de 2003, por parte de quatro homens armados que teriam sido contratados para agredi-los e expulsá-los daquelas terras.

Armados com pistolas, eles ameaçaram, espancaram e atiraram nas lideranças indígenas. O cacique Marcos Verón, à época com 72 anos, foi encaminhado a um hospital da região com traumatismo craniano, mas não resistiu.

Pelo assassinato respondem, entre outros, os autores do habeas corpus agora impetrado ao STF: Carlos Roberto dos Santos, Estevão Romero e Jorge Cristaldo Insabralde. O MP ofereceu denúncia, ainda, contra Nivaldo Alves de Oliveira e outras 24 pessoas que estariam envolvidas no crime

Impasse

O MPF (Ministério Público Federal) abandonou na terça-feira (4/5) o júri popular dos acusados pelo assassinato do cacique Marcos Veron, após um impasse sobre o interrogatório das testemunhas de acusação, em grande parte indígenas da etnia guarani-kaiowa.

A Procuradoria exigia que as perguntas fossem feitas em guarani, por meio de um intérprete. Entretanto, a juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, atendeu pedido da defesa dos réus e tornou a tradução facultativa, invertendo a ordem pré-estabelecida —a princípio, a primeira pergunta (em qual língua deseja se expressar) seria feita em guarani.

Com a decisão, a magistrada decidiu perguntar, em português, em que língua vítimas e testemunhas gostariam de ser ouvidos. O tradutor só seria usado se o indígena respondesse, em português, que preferiria se expressar em guarani.

Direito Violado

Após um longo debate entre acusação e defesa, o procurador Vladmir Aras decidiu abandonar o plenário. “Em 17 anos de júri esta é apenas a segunda vez que abandono o plenário, mas não poderia aceitar que, justamente num júri, o direito fundamental de se expressar em sua própria língua fosse negado. Tribunal do Júri não é lugar para restrição de Direitos”, disse Aras.

Segundo o procurador, a juíza violou um direito dos indígenas, previsto pela Constituição de 1988 e pelo Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. “Obviamente, falar Guarani, para eles, é mais fácil que o português, ainda mais que vários deles não tiveram educação formal bilíngue”, afirmou.









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Em 13 de janeiro de 1750 - Com a assinatura do Tratado de Madri se constituiu uma Comissão bilateral para a definição das novas fronteiras entre Portugal e espanha nas terras da América do Sul.

Em 13 de janeiro de 1825 - Frei Caneca, foi entregue a um pelotão de fuzilamento. Foi necessário um carrasco coletivo, pois niguém queria passar para a história como o assassino de Frei Caneca.
Matou-se um homem mas não seus ideais,assim começa a história deste defensor da independência, chamado Joaquim do Amor Divino, conhecido como vendedor de canecas, ordenado frei pela Ordem Carmelita. Passou a integrar a Academia paraiso, centro de difusão das ideias liberais, comandada pelos padres Arruda Câmara e João Ribeiro Pessoa.
Em 1817 tomou parte da Revolução Pernambucana, com o objetivo de separar o país da Coroa Portuguesa.Acabou preso e condenado a quatro anos de prisão e cumpriu na Bahia. Solto não se contentou com a Independência de 1822. e retornou a luta em 1823 após D.Pedro fechar a assembléia Constituinte, e ao lado de Cipriano José Barata, funda o jornal Tifis de Pernambuco, um libelo contra o imperador na qual conclamava a população à revolta. Em 1824 os pernambucanos se insurgem depois que D. Pedro decide outorgar a Constituição brasileira sem convocar as eleições para uma nova constituinte.Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraiba e ceará junta-se e formam a República do Equador.
Frei Caneca foi preso e condenado a morte, porém teve uma demonstração de seu povo, ninguém queria assassiná-lo, e ficar com esta culpa, foi preciso um pelotão coletivo.

Em 13 de janeiro de 1838 - nasceu André Pinto Rebouças, negro engenheiro, bacharel em ciências física e matemática.

Em 13 dejaneiro de 2009 - Sob o preceito da Lei 9474/97, Tarso Genro ministro da Justiça, amparou Cesare Battisti, nas condições de refugiado. e até o momento o governo italiano luta por uma extradição de Battisti.

Um comentário:

  1. Manoel, uma das seções de postagens que mais gosto de ler no seu blog é esta.
    Você nos informa os acontecimentos ocorridos no dia, mas em outras épocas.
    Passo todo dia no seu blog, as vezes por falta de tempo não dá para ler tudo, mas esta seção faço o tempo dar.rss
    Beijos

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Manoel Messias Pereira

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