Greve Geral na Galiza

Galiza - Laboral/Eco

nomia
Terça, 08 Junho 2010 01:00
DL - A administraçom pública galega foi à greve e mobilizou-se na jornada de hoje em numerosos pontos da Galiza, em convocatórias paralelas do sindicalismo espanhol e do galego.
A greve tivo umha resposta morna dos sectores convocados, com maior incidência, em geral, nas administraçons autonómicas e locais galegas do que nas directamente dependentes de Madrid. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras públicas saírom às ruas ao meio-dia para protestar contra o pacote de medidas aprovadas polo Parlamento espanhol, que supom um ataque a direitos históricos de importantes sectores do povo trabalhador galego.

As maiores manifestaçons acontecêrom na Corunha, com vários milhares em cada umha das duas manifestaçons convocadas, a da CIG e a dos sindicatos UGT e CCOO, mas houvo mobilizaçons de várias centenas nas principais cidades da Galiza. Para além dos três principais sindicatos, aderírom à convocatória outros como a CGT, a CUT ou a CNT.

A jornada de greve foi iniciativa, inicialmente, do sindicalismo pró-sistema espanhol, que convocou em todo o território do Estado. A réplica da CIG nom evitou a sensaçom de falta de iniciativa própria do sindicalismo nacional e de classe galego, que noutros processos históricos de luita como os das greves gerais de há umha década sim tinha conseguido marcar o ritmo e estabelecer o calendário de luitas.

A participaçom situa-se entre os mais de 60% das contas sindicais e os 10% da Junta da Galiza (11% segundo o governo espanhol), mas parece claro que a falta de compromisso das dirigências sindicais e o escasso tensionamento frente a umha crise que nom deixa de aprofundar-se se viu reflectido numha jornada de morna resposta.

Greve Geral à vista

Nem o transcurso de anos de agressons "controladas" em forma de ERE's, nem a nova vaga de ataques aos direitos laborais convencêrom ainda as burocracias sindicais da necessidade de responder a sério. Daí que o preámbulo de umha possível greve geral prevista para antes de acabar este mês acrescente novas incógnitas sobre o seu resultado.

Com o Verao às portas, é previsível que o governo espanhol atrase a publicaçom do Decreto que impom as medidas antipopulares ao máximo, dificultando a iniciativa operária. Nas próximas semanas veremos se é possível articular umha verdadeira resposta contra os novos planos de ajuste que, sem dúvida, virám, ou se as burocracias sindicais conseguem controlar a situaçom para que todo continue na mesma.