domingo, 2 de janeiro de 2011

Movimento negro reconhece que houve avanços mas esperava mais




Movimento negro reconhece avanços, mas expectativa com governo Lula era maior



 Os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxeram avanços para a questão racial, na opinião do movimento negro, mas alguns resultados poderiam ser melhores tendo em vista as expectativas geradas com a chegada do primeiro trabalhador à Presidência da República.



“De fato existia uma expectativa da população negra com a eleição do Lula”, afirma Vanda Pinedo, coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) ao manifestar frustração com a recente aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e com o desempenho da titulação de terras quilombolas. “O estatuto traz o que traz a Constituição. Nós precisamos de desdobramento para que, de fato, a política aconteça”, assinala.



Ela cita, entre os exemplos de políticas que deveriam receber mais incentivo, a titulação de terras quilombolas. “Uma das maiores políticas que poderia ser desenvolvida no governo Lula é a questão da terra, porque terra é dignidade, poder, visibilidade, autonomia, renda, cultura e respeito aos ancestrais. A terra tem todo esse conteúdo para o povo negro do Brasil”, afirma.



Segundo dados da Presidência da República, 126 comunidades ganharam o título de suas terras desde 2003, menos de 10% das 1.527 certificadas pela Fundação Palmares como áreas quilombolas.



Vanda Pinedo reconhece que o governo lidou com “uma demanda de 500 anos” e que é difícil “dar conta de tudo em apenas oito”. De acordo com ela, além das demandas históricas, o governo teve de enfrentar resistência de alguns grupos de interesse, como é o caso, por exemplo, da ação que o partido Democratas (DEM) move no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto do governo que regulamenta a titulação de terras quilombolas.



Além dessa ação, o partido de oposição é autor de mais duas no STF, contrárias aos interesses do movimento negro: uma contra a política de cotas raciais na Universidade de Brasília (UnB) e outra contra as cotas do Programa Universidade para Todos (ProUni), que financia estudantes nas faculdades privadas. Segundo balanço do governo Lula, 38 universidades públicas federais e 32 universidades públicas estaduais têm programas de cotas.



Para José Antônio Santos da Silva, da organização não governamental União de Negros pela Igualdade (Unegro), a resistência às políticas afirmativas e de inclusão são ligadas ao preconceito racial. “O racismo sempre existiu. Ele sempre foi uma questão mascarada pela elite brasileira. 'Eu tenho amigos negros, mas não aceito que um negro sente num banco de universidade comigo', isso não é racismo?”, pergunta. “O que precisa olhar é que com o processo de titulação de terra das comunidades quilombolas vamos dar oportunidade para que essa população negra e pobre, que trabalha na agricultura, acesse o auxílio financiado pelo orçamento público. E é isso que as elites brasileiras não querem”, afirma.



Na avaliação do ativista, o governo Lula alcançou 30% das demandas do movimento negro. “Para quem nunca teve um avanço positivo nas políticas afirmativas, é algo satisfatório.” Ele espera que o governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, ouça “as bases” do movimento.



Para que os negros tenham mais espaço, Vanda Pinedo recomenda a articulação política e a mobilização do movimento. “Penso que vai ser um governo de bastante mobilização social e de bastante disputa”, prevê.





Tags: movimento, Negro



QUILOMBO O.N.N. Q 20/11/1970 -- 2010/ 40 ANOS Revolução Quilombolivariana! REQBRA

NEGROS AFRO-DECENDENTES BRASILEIROS

VIVA ZUMBI! BRASIL! VENCEREMOS 2011!

Manifesto em solidariedade, liberdade e desenvolvimento dos povos afro-ameríndio latinos, no dia 01 de maio dia do trabalhador foi lançado o manifesto da Revolução Quilombolivariana fruto de inúmeras discussões que questionavam a situação dos negros, índios da América Latina, que apesar de estarmos no 3º milênio em pleno avanço tecnológico, o nosso coletivo se encontra a margem e marginalizados de todos de todos os benefícios da sociedade capitalista euro-americano, que em pese que esse grupo de países a pirâmide do topo da sociedade mundial e que ditam o que e certo e o que é errado, determinando as linhas de comportamento dos povos comandando pelo imperialismo norte-americano, que decide quem é do bem e quem do mal, quem é aliado e quem é inimigo, sendo que essas diretrizes da colonização do 3º Mundo, Ásia, África e em nosso caso América Latina, tendo como exemplo o nosso Brasil, que alias é uma força de expressão, pois quem nos domina é a elite associada à elite mundial,é de conhecimento que no Brasil que hoje nos temos mais de 30 bilionários, sendo que a alguns destes dessas fortunas foram formadas como um passe de mágica em menos de trinta anos, e até casos de em menos de 10 anos, sendo que algumas dessas fortunas vieram do tempo da escravidão, e outras pessoas que fugidas do nazismo que vieram para cá sem nada, e hoje são donos deste país, ocupando posições estratégicas na sociedade civil e pública, tomando para si todos os canais de comunicação uma das mais perversas mediáticas do Mundo. A exclusão dos negros e a usurpação das terras indígenas criaram-se mais e 100 milhões de brasileiros sendo este afro-ameríndio descendente vivendo num patamar de escravidão, vivendo no desemprego e no subemprego com um dos piores salários mínimos do Mundo, e milhões vivendo abaixo da linha de pobreza, sendo as maiores vitimas da violência social, o sucateamento da saúde publica e o péssimo sistema de ensino, onde milhões de alunos tem dificuldades de uma simples soma ou leitura, dando argumentos demagógicos de sustentação a vários políticos que o problema do Brasil e a educação, sendo que na realidade o problema do Brasil são as péssimas condições de vida das dezenas de milhões dos excluídos e alienados pelo sistema capitalista oligárquico que faz da elite do Brasil tão poderosas quantos as do 1º Mundo.



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Um comentário:

  1. Oi Manoel, como foi a sua passagem de ano? Tranquila?rss

    Eu como descendente de negros, olha a mistura, Japonês (minha mãe) e meu pai é da Bahia, deu nessa pessoa que sou.rss

    Conheço alguns movimentos e até mesmo já usufrui de um deles que foi à Educafro há mais de 1 ano.

    O que tenho visto ao longo dos meus anos, é que os negros estão conquistando seu espaço na sociedade, sei que falta muito, mas acredito que com paciência, muita persistência e é claro o povo sempre unido o objetivo final será alcançado.

    Beijo

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Manoel Messias Pereira

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