segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Os atletas africanos no Paraná




"Saidinhos", africanos são assediados por brasileiras no Paraná
03/01/2011
Fonte: YAHOO Notícias

Se Moacir Marconi, mais conhecido como Coquinho, é uma espécie de pai para os atletas africanos no Brasil, Helena Garcia Marconi é a mãe. O casal mantém um pequeno centro de treinamento para os africanos na cidade de Nova Santa Bárbara e, de acordo com a esposa do treinador e empresário, os homens costumam ser assediados na cidade com pouco mais de 4 mil habitantes. Veja galeria de fotos "De arrumar namorado mesmo, não dá tempo, mas eles até conseguem alguns rolinhos. Teve um que queria voltar com uma menina brasileira para o Quênia. Ela ainda era menor de idade e falamos que daria problema. Tem umas meninas que gostam de ficar por lá, principalmente depois que eles aparecem na televisão. É igual às marias-chuteiras", explicou Helena. A cada três meses, os Marconi recebem um grupo de seis a 11 etíopes, tanzanianos e quenianos. A estadia no Brasil já serviu até para iniciar uma família. "Teve um casal de quenianos que se conheceu aqui, começou a namorar e depois casou no Quênia", lembrou Helena. "As mulheres são mais tímidas, a maioria é casada ou noiva. Já os homens são mais saidinhos, eles gostam de dançar com brasileiras e fazer amizade", completou. Diante da imprensa, os corredores africanos são extremamente tímidos e econômicos nas palavras. Chega a ser difícil se comunicar com os atletas não apenas pelo inglês arrastado, mas também pelo tom de voz muito baixo. Entre eles, no entanto, o comportamento é totalmente diferente. Os corredores conversam bastante, são brincalhões e sorridentes."Eles falam muito e gostam de comemorar. Entre eles, são bem mais soltos. Eles costumam trazer CDs e DVDs com danças e musicas da África. Como temos três nacionalidades, tanzanianos, etíopes e quenianos, eles se revezam nas músicas. No Natal, fizemos um almoço e eles colocaram os CDs para lembrar das coisas dos países de nascimento", lembrou Helena, professora de educação física. Nos três meses de estadia no Brasil, os corredores disputam provas em diferentes cidades do país e até em outros países. Como praticamente todas as corridas são realizadas apenas aos sábados e domingos, nos demais dias da semana os africanos convivem de perto com Coquinho, Helena, Luan e Thaina, os dois filhos do casal Marconi. "Meu garoto está aprendendo inglês de tanto conversar com os quenianos. Na menina, as mulheres sempre fazem tranças no cabelo. A gente também troca comidas. Quando fazem alguma comida típica, como o ugali (uma espécie de polenta feita no Quênia) eles nos convidam para comer. De vez em quando, é a gente que convida. Uma vez eu dei um vestido para uma queniana e ela me retribuiu com um par de brincos", explicou Helena. O carinho dos africanos pelas crianças e o respeito pelos idosos chamou a atenção da esposa de Coquinho, assim como a vaidade dos hóspedes. "A cada três dias, as mulheres fazem tranças no cabelo e não é nada fácil de fazer. Eu não consegui aprender. Quando tem algum evento que somos convidados, eles sempre vão com turbantes e saias próprias do país. Só usam o uniforme do patrocinador se é obrigatório", explicou.As diferenças culturais ficam ainda mais evidentes nos afazeres domésticos do dia a dia. "Eles não usam máquina de lavar roupa nem ferro de passar. Todos sentam com uma bacia e lavam a roupa na mão. Depois, estendem sem torcer. Quando está seco, chacoalham e vestem. A maioria não gosta de almoçar na mesa e prefere comer no quintal, na sombra de uma árvore. Eles vivem em outro ritmo e são mais lentos para atravessar uma rua, por exemplo", descreveu Helena. Apesar da saudade durante os três meses, combatida através da Internet, alguns africanos sofrem no momento de retornar ao país, garante a esposa de Coquinho. "Tem uns que choram, porque gostam daqui. Nós procuramos respeitar muito os costumes deles e não temos nenhum tipo de problema de convivência", encerrou professora de educação física.







©UN | Plugar Informações Estratégivas S.A

Um comentário:

  1. Interessante esta convivência, conhecemos um pouco da cultura deles e eles a nossa.
    E já li em alguma outra reportagem que eles são muito simpáticos também.rss
    E não tem como não se apaixonar por esse nosso Brasil, não é mesmo?

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Manoel Messias Pereira

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