quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Supermercado Extra acusado de racismo


Uma matéria publicada no Jornal Agora desta semana, do dia 19 de janeiro de 2011, página A-6, traz a informação de que no Supermercado Extra do Grupo Pão de Açucar, os seguranças teriam ações tidas como racista em relação a um garoto negro de apenasdez anos. Na reportagem disse que foi num hipermercado Extra da Zona Leste de São Paulo.

O fato começa assim dia 13 de janeiro de 2011, no fim da tarde, um garoto filho de Sr. Diógenes da Silva, um senhor de trinta e quatro anos, cujo o menino tem apenas 10 anos. O pai informa que o seu filho foi levado pelos seguranças do mercado para uma sala onde estava outros dois garotos, e que o menino foi obrigado a baixar as bermudas, levantar a camiseta e ainda foi chamado de "negrinho sujo", ou seja de forma pejorativa usando o diminutivo e atribuindo um subjetivo para o garoto. Além disto por 10 minuto o garoto foi ameaçado pelo segurança com um canivete. O garoto foi liberado ao apresentar a nota fiscal de um pacote de bolacha que ele havia comprado.

O garoto chegou chorando e o pai foi até ao hipermercado tomar satisfações sobre ocorrido. E pediu para que o estabelecimento pudesse mostrar as gravações da fita onde o garoto havia supostamente pegado o pacote de bolacha sem pagar ou coisa assim, isto foi negado pelo funcionário do supermercado. O funcionário fez pouco caso e senhor Diógenes foi até ao 10.Distrito Policial da Penha.

O Coordenador da Comissão dos Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) Dr. Martim de Almeida Sampaio, disse que a atitude dos seguranças demonstrou arbitrariedade e eles não tem o poder de polícia, e caso houvesse roubo deveriam era comunicar as autoridades policiais.


NOTA DO HIPERMERCADO EXTRA - NEGA O PRECONCEITO

O grupo Pão de Açucar, a que pertence a rede de hipermercados Extra, negou ontem que o filho do reciclador Diogenes da Silva tenha sido levado para uma sala da filial da Penha.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa do grupo, "os relatos do pai do garoto não condizem com a verdade. Ainda segundo o comunicado, os seguranças "agiram de maneira respeitosa e ética, seguindo o padrão operacional da empresa".

A assessoria informou também que, em caso de pedido da Policia Civil, disponibilizará a gravação com as imagens do circuíto interno do hipermercado.

Na nota, o grupo não informou se houve ou não furto praticado por um dos três garotos supostamente abordados pelos seguranças.

A nota disse ainda que o Extr "oferece o melhor atendimento a todos os consumidores que frequentam suas lojas."

(Nota publicaod na Integra pelo Jornal Agora de 19/01/2011)


A Tela da Reflexão



A arbodagem feita por adulto, a uma criança, e principalmente pela criança ser negra, é uma abordagem preconceituosa.

O preconceito tem histórico no Brasil, devido ao processo escravocrata, num grau de violência física, psíquica e ideológica.

E o resultado observamos até hoje, a ideologia que domina o Estado, os nossos ditos representntese inclusive a pobreza que serve a está elite , é o pensamento burguês. Em que os empresários esquecem que são comerciantes e utilizam suas práticas de senhores de escravos, sefosse possível chicotearia o negrinho que estava naquele hipermercado.

A muito tempo mercado, taberna em algumas cidades do Estadode São Paulo era proibido a presença de negro por leis votadas nas Câmaras Municipais, num período em que ests leis tinham muita força, posis não contavam com uma legislação como a atual.

Os seguranças creio que nunca leram "Os Direitos das Crianças e dos Adolescentes", e essa ação desmedidas contra as crianças negras, precisam ser repensadas. E uma pergunta o supermercado Pão de Açucar com tudo que eles exploram em termos de suor de seus empregdos, não possuem nenhuma ONG, para orientar devidamente os seus funcionários e comunidade, o quanto eles gastam pra ajudar a Comunidade Negra? Essa resposta eu não tenho no momento, mas seria imprescindível, saber.

Temos uma política do branqueamento, que foi trazido por nossos colonizadores, de forma a utilizar, co o cientificismo,  o positivismo, criaram a racialidade, retirando a idéia da raça da biologia, da zoologia e alocando na sociologia, e  estabelecendo a idéia de que há uma superioridade racial dos brancos, e dizendo que os mestiços eram uma aberração.Isto está cristalizado nesta sociedade, que começou a mudar com o lançamento da luso-tropicalidade de Gilberto Freire quando ele lança Casa Grande e Senzala, na qual destaca o valor do mestiço, que ocorre com a mestiçagem e a miscingenação.

Esta obra é importante, porque através dela nasce o trabalho de valorização cultural etnica no Brasil, assim surgindo outro grupo de pensadores brasileiro, que começam a contestar  o branqueamento, portanto este é um País Racista, e o racismo é algo que está intimamente ligado a formação institucional e cultural do povo brasileiro. Onde ninguém afirma ser racista, mas o racismo existe e até dizem que ele é cordial.




Manoel Messias Pereira
professor de história
especialista em cultura afro-brasileiro-UFSCAR
com extensão em cultura afro -brasileira -Universidade de Brasilia.
poeta e ativista
membro do movimento negro.

colaborador do Conselho Afro Brasileiro - ex- conselhiero São José do Rio Preto

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