sábado, 26 de fevereiro de 2011

História do Negro é tema de Curso

Gilmar Soares Ferreira
professor

História do negro brasileiro é tema de curso de extensão

21/02/2011 - 16h44

Da Redação

Foi aberto, hoje (21) de manhã, o curso de extensão “Branqueamento, branquice, brancura e embranquecimento do negro”, no auditório do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Cesário Neto. O evento é promovido pelo Departamento de História do campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro) de Cuiabá e Movimento Negro de Rondonópolis (MNR), em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).

Mais de 150 professores da rede pública de ensino se inscreveram no curso. A abertura foi conduzida pelo presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira. “É importante discutir a problemática racial como uma política de inclusão social e de direitos humanos dentro de cada unidade escolar, de forma organizada e qualificada”, ressaltou.

A secretária de Formação Sindical, Marli Keller, também participou da abertura. “O objetivo principal é promover a discussão sobre a diversidade racial, a exemplo de seminários já realizados pelo Sintep/MT com este tema. Inclusive, a proposta deste curso surgiu nesses encontros”, frisou. Exatamente por partir da categoria, o curso teve uma adesão satisfatória. A intenção, agora, é que o debate seja intensificado e multiplicado nas salas de aula.

Segundo a secretária de Estado de Educação, Rosa Neide Sandes de Almeida, a iniciativa é importante e serve como base para a discussão de reestruturação da política de formação desenvolvida pelos Cefapros. Ela lembrou sua própria história familiar que, a exemplo de muitas famílias que colonizaram Mato Grosso, um dos Estados brasileiros com o maior número de população negra, sofre com o processo de branqueamento imposto por padrões sociais, negando “nossas origens africanas”.

Braços do racismo - O professor pós-doutor, Flávio da Silva Nascimento, facilitador do curso e autor do livro “O Beabá do Racismo contra o Negro Brasileiro”, disse que o branqueamento, a branquice, a branquitude e a brancura são braços do racismo. “E responsáveis também por um tipo especial de embranquecimento do negro de difícil percepção e denominação que eu chamo de Chilunguismo Eclético, fenômeno atinente ao novo racismo”.

O curso, gratuito, tem duração de 48 horas e será encerrado no dia 26 de fevereiro, próximo sábado, com exibição dos filmes Café com Leite e Cafundó, e debate. Além do certificado, os participantes são contemplados com um volume do livro de Flávio Nascimento.











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Manoel Messias Pereira

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