terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

índios se rebelaram na Funasa e querem a saída de Raimundo Costa

Índios se rebelam novamente na Funasa e querem saída de chefe
22/02/2011 05:09
Fonte: A Tribuna (AC)

Os indígenas, acampados há 108 dias no prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) se rebelaram novamente ontem (21).

Os manifestantes querem a saída do chefe do Distrito Sanitário Indígena do Alto Purus, Raimundo Costa, e, melhorias na Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai). Usando flechas e cartazes, os manifestantes interditaram o portão de entrada da Funasa. A intenção é acabar o movimento somente quando as autoridades indígenas retirarem Costa da chefia sanitarista. Somente os servidores da unidade estão autorizados a ultrapassar a barreira. Alguns indígenas chegaram a subir em muros para averiguar se Costa entraria às escondidas no órgão federal.

Um dos líderes indígenas, Ninawá Hunikui, disse que Costa é centralista nas ações e não coordena devidamente os recursos indígenas repassados à Casai. “Hoje temos problemas com falta de combustíveis nos veículos para transportarem os pacientes. Uma criança chegou a morrer por falta de assistência médica. O médico não teve como chegar ao local porque não tinha combustível suficiente. Na Casai, os pacientes não são atendidos com qualidade”, disse. Costa havia sido refém Raimundo Costa e outros 30 funcionários da Casai foram feitos reféns mês passado. Na época, os indígenas cobravam também melhorias na saúde indígena. A liberação dos reféns ocorreu somente por intermédio do Ministério Público Federal (MPF/AC) e Polícia Federal.

Em menos de uma semana desse movimento, uma comissão do MPF – formada pelos procuradores da República Paulo Henrique Ferreira Brito e Ricardo Gralha Massia, juntamente com o delegado da Polícia Federal Richard Murad – promoveu uma audiência pública entre as autoridades da Saúde Indígena e os indígenas. Durante o encontro, ambos mostraram as dificuldades e apresentaram o que poderia ser feito para sanar os problemas levantados pelos manifestantes. Um termo de conduta foi assinado e dezenas de propostas foram aceitas. Até então, a retirada de Costa da chefia sanitarista não estava em pauta. Costa ocupa a pasta de chefia há quase quatro meses. Ele substituiu Maurílio Bonfim, cuja exoneração ocorreu por pressão das comunidades indígenas. A reportagem entrou em contato com Raimundo Costa, mas ele não estava na Casai e o telefone celular estava desligado. (Ana Paula Batalha)







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Manoel Messias Pereira

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