quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reflexões sobre os negros na literatura brasileira

Professor Luis Silva Cuti - escritor, doutor em literatura


Reflexões sobre os negros na literatura brasileira

13/07/2011 

Fonte: O Tempo (MG)



Foi a partir da aproximação do universo literário dos dois poetas selecionados que o autor do estudo elaborou algumas reflexões e percebeu disparidades de pontos de vista.

 Um dos aspectos que mais lhe chamou atenção foi o tratamento do escravo nas obras de Castro Alves, comparado à abordagem de Luiz Silva Cuti. "O ponto de vista enunciativo em Castro Alves é paradoxal, pois ao mesmo tempo que o poeta dos escravos defende o universo negro, ele recai em estereótipos. Já o trabalho do Cuti, ao defender o ?eu coletivo? negro, opera na reversão de estereótipos", observa Oliveira, que concluiu seu mestrado em 2007. Ele salienta que a proposta do trabalho é também contribuir para o debate a respeito da concepção de uma literatura afro-brasileira, que pode se distinguir em alguns aspectos da ampla literatura brasileira. "A ideia não é apenas opor um autor a outro, mas tentar perceber os limites, as diferenças, os pontos de contato entre uma literatura afro-brasileira, dentro do universo da própria literatura brasileira", completa o pesquisador, que é também diretor da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte. Para Oliveira, a temática ainda é pouco discutida, o que torna necessário abrir espaço para maiores esclarecimentos sobre o assunto. "Especialmente quando notamos o século XX, pouco tem se refletido sobre o processo, dentro dos limites do modernismo, que permita a identificação de uma literatura afro-brasileira propriamente dita. Inclusive, existem poucos grupos que estudam esse tipo de literatura", constata.

 AGENDA O QUE.Lançamento do livro "Poéticas Negras: Representações do Negro em Castro Alves e Cuti" (ed. Nandyala), de Luiz Henrique Silva de Oliveira QUANDO. 24/07 ONDE.CESC - Centro Social e Cultural do 11º BIMth (Av. Hermínio Alves, s/n, centro, São João del Rei) QUANTO. Entrada franca















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Manoel Messias Pereira

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