sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MEC reprova mais de 600 cursos de graduação superior

MEC reprova mais de 600 cursos de graduação superior




Rio - O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira o Índice Geral de Cursos (IGC), sistema que monitora o desempenho das instituições de ensino superior no país e que leva em conta a nota dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), além da infraestrutura e a capacitação dos docentes.


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Haddad pretende cortar 50 mil vagas em cursos de graduação | Foto: Divulgaçã
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A avaliação abrangeu 2.176 universidades, faculdades e centros universitários, sendo que deste total, 683 foram reprovadas pelo ministério,o que representa 37,3% das instituições. Com este resultado, elas passarão a serem supervisionadas pelo governo e correm o risco de não receberem a aprovação para implantar novos cursos.

O IGC faz o monitoramento dos cursos de graduação e é dividido notas que vão de 0 a 5. As instituuições que ficaram com notas 1 e 2 são consideradas pelo MEC como insatisfatórias. A maior nota ficou com a Escola Brasileira de Economia e Finanças (Ebef),ligado a Fundação Getúlio Vargas, no Rio, que recebeu 4,89. Em segundo lugar vem a Faculdade de Administração de Empresas (Facamp), com 4,74, sendo que ambas são privadas.Já a primeira colocada entre as universidades públicas, está a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que obteve 4,69 pontos.

As instituições que tiveram desempenho ruim na avaliação foram a Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), 0,57, Faculdade de Odontologia de Manaus (FOM) e a Faculdade de Comunicação Pitágoras, campus Guarapair, no Espírito Santo, com 0,75 pontos.

Rigor

Segundo o levantamento do MEC, dos 4.143 mil cursos avaliados em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), 594 atingiram resultado insatisfatório, com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). Entre os cursos avaliados, 1.115 ficaram sem conceito porque não tinham um número mínimo de estudantes concluindo o curso.

Considerando apenas as graduações que obtiveram CPC, as com nota baixa representam 20% do total. Os cursos com CPC 4 ou 5 são considerado bons e os com nota 3, satisfatórios. Cerca de 80% tiveram resultado entre 3 e 5 e só 58 cursos podem ser considerados de excelência, com CPC máximo (5).

O Ministério da Educação (MEC) pretende cortar vagas de todos os cursos que obtiveram CPC 1 ou 2 em 2010 e que tenham registrado resultado insatisfatório em outros ciclos do Enade (2008 ou 2009). A previsão é que 50 mil vagas sejam cortadas em diferentes áreas até o fim do ano. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes) baliza a expansão das vagas da educação superior no país porque prevê medidas de correção dos problemas para as instituições e cursos com baixos resultados.

“Para quem está fora dos parâmetros de qualidade, o Sinaes estabeleceu os termos que os trazem para a qualidade. Queremos que o sistema continue em expansão, mas com um freio naqueles cursos que estão com problema”, disse o ministro.

Haddad revelou que cerca de 95% dos cursos de medicina que passaram pelo processo de supervisão do MEC por apresentar CPC instaisfatório em anos anteriores melhoraram o desempenho em 2010.

Entre os 19 cursos com CPC 1, quatro são ofertados por universidades estaduais e o restante, por instituições de ensino privadas.

Com informações da Agência Brasil
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Manoel Messias Pereira

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