sábado, 18 de fevereiro de 2012

Para o pai de Lindemberg Alves a pena foi imoral e desumana



Caso Lindemberg

Pai de Lindemberg considera pena imoral e desumana

José Luciano lamentou o fato de que seu filho perderá a vida na cadeia


Redação Bem Paraná com G1



José Luciano, pai biológico de Lindemberg Alves, considerou a condenação do filho, a quase cem anos de prisão, imoral e desumana. Nesta quinta-feira o motoboy foi condenado pela morte da ex-namorada Eloá Pimentel, em júri popular realizado em São Paulo.



“Eu acho que as pessoas que estavam no júri não têm filhos ou não pensam que um dia podem estar sentando onde Lindemberg esteve, respondendo pelos mesmos crimes. Eu penso que condenar por 12 crimes foi imoral e desumano”, disse o açougueiro José Luciano, que mora em Patos, no Sertão paraibano.



José Luciano não tinha contato com o filho. Quando o motoboy tinha apenas 2 anos, sua mãe decidiu sair de Patos, na Paraíba, distante 307 km de João Pessoa, e se mudar para o Mato Grosso com Lindemberg. O relacionamento entre os dois durou muito pouco tempo.



Em entrevista dada à TV Paraíba três dias antes da sair a sentença, na segunda-feira (13), José havia lamentado a situação do filho. “Um menino jovem, se pegar pena máxima vai sair com 55 anos. Praticamente perdeu a vida”, comentou.



Desde a partida, segundo José Luciano, nenhum contato foi feito. Certo de que Lindemberg morava no Centro-Oeste do país, o açougueiro disse sequer ter reconhido o rapaz que mantinha duas adolescentes em cárcere privado em meados de 2008 como seu filho.



Quando descobriu se tratar de Lindemberg, José Luciano passou a acompanhar o caso pela televisão e, apesar da distância, lamentou a decisão da juíza. Além de Lindemberg, José Luciano tem outros sete filhos com diferentes mulheres.



Apesar da pena de 98 anos e 10 meses de reclusão, a legislação brasileira determina que uma pessoa condenada só cumpra até 30 anos em regime fechado. Depois de ouvir a condenação, Lindemberg Alves foi encaminhado para a o presídio de Tremembé, interior de São Paulo, onde já estava preso desde 2008 esperando julgamento.





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Manoel Messias Pereira

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