quinta-feira, 1 de março de 2012

História Econômica capitalista





Alcyr Veras - economista e professor universitário



No começo, foram os filósofos da antiguidade que formularam as primeiras teorias sobre a organização da sociedade e do trabalho, na tentativa de obter a formação de um Estado ideal (entre eles, destaca-se Platão ao propor: "um Estado perfeito, em que a ética, a virtude e a razão estejam sempre em equilíbrio").



Com o passar dos séculos, surgiram os primeiros economistas clássicos como Adam Smith, autor da livre-concorrência e das teses do liberalismo, posicionando-se contra o mercantilismo ao rejeitar a intervenção estatal na economia. Smith introduziu o famoso método da Divisão do Trabalho, mais tarde aperfeiçoado por Frederick Taylor. Com isso, os ganhos de produtividade aumentaram espetacularmente. Esse método, considerado revo-lucionário para a época, é o responsável pelo sucesso e eficiência das atuais linhas de montagem industrial no mundo inteiro, principalmente de veículos. A cada ano, torna-se cada vez menor o número de horas necessárias para se fabricar um automóvel, o que faz a produção crescer assustadoramente. A moderna indústria de hoje, com seus a-vançados processos tecnológicos de produção, deve-se fundamen-talmente às contribuições daqueles abnegados pioneiros.



Entretanto, não se pode es-quecer que todo esse mega arsenal industrial-tecnológico que dispomos hoje, teve início na segunda metade do século dezoito através de um acontecimento histórico extraordinariamente importante: a Revolução Indus-trial, ou seja, a substituição do trabalho manual pelo trabalho mecânico, com a invenção da máquina a vapor de James Watt em 1776, na Inglaterra. Foi um período de profundas transfor-mações econômicas e sociais em toda a Europa e, posteriormente, no resto do mundo. Costuma-se dizer que a história da humanidade está dividida em duas grandes partes: antes e depois da Revolução Industrial.



Outra efervescente contribuição viria a surgir no século seguinte (dezenove), em consequência das próprias repercussões sociais causadas pela Revolução Industrial. Trata-se do polêmico cientista social Karl Marx, implacável crítico do capitalismo, que lança as bases do sistema socialista propondo que os meios de produção sejam de propriedade do Governo e não da iniciativa privada. Por achar que os operários eram explorados, incentiva a luta de classes pelo controle do poder e condena a "mais-valia" (parte da remuneração dos trabalhadores apropriada indevidamente pelos patrões).



Até, então, a economia era regida pelas livres forças do mercado (oferta e procura). Mas, no final da década de 1920, a emergente industrialização norte-americana, tomada por um impulso expansionista sem precedentes, provocou a acumulação de grandes volumes de estoques de mercadorias. Sem novos mercados para escoar seus produtos, causando desemprego em massa, os Estados Unidos mergulharam na mais profunda e irreversível crise, que ficou conhecida como a Grande Depressão econômica de 1929, repercutindo em todos os países do mundo. Isso aconteceu sobretudo porque não havia a participação regulatória do Governo na economia. O quadro caótico e asfixiante exigia a urgente necessidade de uma nova ordem econômica. Surge, então, a inovadora e impactante obra, "Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda", lançada por John Maynard Keynes, o mais célebre economista do século vinte, que fez mudar completamente as relações econômicas e comerciais em todo o planeta. Segundo ele, o Estado devia intervir na atividade econômica, regulamentando-a e realizando investimentos para manter o nível de emprego e assegurar o crescimento sustentado.







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Manoel Messias Pereira

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