terça-feira, 17 de abril de 2012

A vida dos ciganos no Bairro Iraque Estação Imagem Mora -PT

 Quatro prémios para fotojornalistas do PÚBLICO

A vida dos ciganos no Bairro do Iraque dá prémio Estação Imagem/Mora
 a António Pedrosa



O trabalho de António Pedrosa retrata o quotidiano de uma comunidade de 120 ciganos do Bairro do Iraque, Carrazeda de Ansiães (António Pedrosa)



Uma reportagem de António Pedrosa sobre uma comunidade cigana do Bairro do Iraque, na vila transmontana de Carrazeda de Ansiães, venceu o Prémio de Fotojornalismo 2012 Estação Imagem/Mora. O PÚBLICO venceu em quatro categorias, entre as quais um primeiro prémio para Pedro Cunha pelo trabalho "Surf em Portugal", na categoria Desporto.



Paulo Pimenta venceu o segundo prémio na categoria Artes e Espectáculos, com a reportagem "Portugal Fashion", Adriano Miranda ganhou também o segundo prémio na categoria Retratos, com trabalho "Meninos de Cabanelas" e Rui Gaudêncio conquistou o terceiro prémio em Vida Quotidiana, pelo trabalho "Tanatopraxia".



O presidente do júri internacional que analisou os 452 trabalhos enviados a concurso, o italiano Emílio Morenatti, justificou o prémio máximo atribuído a António Pedrosa afirmando que “era a melhor história, muito fácil de entender e contada com forte dramatismo”. Citado pela organização do Estação Imagem/Mora, Morenatti sublinhou o “profundo trabalho de aproximação” à comunidade cigana retratada e o “estilo de fotografia muito clássico” em que o preto e branco foi trabalhado “de forma perfeita”.



Para além do Estação Imagem/Mora, o concurso está estruturado em seis categorias. João Carvalho Pina, do colectivo kameraphoto, ganhou o primeiro prémio da categoria Notícias, com a reportagem “Revolução Egípcia”. Nelson d’Aires, do mesmo colectivo português, conquistou o segundo prémio, com “Sobreviventes”, e Mário Cruz o terceiro, com “Campanha eleitoral: José Sócrates”.



Na categoria Vida Quotidiana, o trabalho “Curandeiros” de Miguel Proença venceu o primeiro prémio. Em Arte e Espectáculos, Rui M. Oliveira foi o vencedor, com “Uma ‘fábrica’ de teatro” e em Ambiente o trabalho distinguido foi "The last forest”, da autoria de Tommaso Rada.



O portefólio “Ocupações”, de Filipe Branquinho, conquistou a atenção do júri para o primeiro prémio na categoria Retrato e, por último, na categoria Desporto, o trabalho vencedor foi “Surf em Portugal”, do fotojornalista do PÚBLICO Pedro Cunha.



Nelson d’Aires, um dos fotógrafos já reconhecidos com o prémio máximo daquele é neste momento o único prémio de fotojornalismo em Portugal, foi o nome escolhido para a Bolsa Estação Imagem/Mora 2012 com a proposta “Álbum de família – a memória de Mora, como demora a fotografia”.



Para além do fotojornalista Emílio Morenatti, que trabalha para a agência Associated Press, fizeram parte do júri o fotojornalista, Pratick Baz, da Agência France Press, e três editoras de fotografia: Marion Duran, da revista “Newsweek”, Frédérique Babin, que, entre outras, trabalhou para a revista “Le Monde Magazine”, e “Arianna Rinaldo”, que dirige a revista de fotografia espanhola “Ojodepez”.



Morenatti explicou o ambiente que rodeou o processo de escolha dos trabalhos vencedores dando conta de “um debate intenso, nalguns casos acalorado, com diferentes pontos de vista em busca da ética do fotojornalismo”. O presidente do júri lamentou que entre as centenas de trabalhos enviados não houvesse nenhum sobre a actual situação de crise económico-financeira que atravessa Portugal e vários países da União Europeia. “Os fotógrafos contemporâneos têm que fiscalizar a crise social. Têm que fotografar o que se passa em frente às suas casas. É importante sair à rua e medir isso que se passa em Portugal e na Europa actual”. Citado pela organização, Emílio Morenatti deu um sinal de alerta em relação a trabalhos com demasiada pós-produção digital: “Havia trabalhos com excesso de recurso ao photoshop na pós-produção, que tiveram que ser excluídos”.




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Manoel Messias Pereira

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