segunda-feira, 30 de julho de 2012

Lider da oposição sul-africana acusa ANC e aliados de ampliar desigualdades sociais


Líder da oposição sul-africana acusa ANC e aliados de ampliar desigualdades sociais

Da Redação, com agências29/07/2012 15:00"Eles estão satisfeitos com o baixo nível de crescimento e poucos empregos, uma vez que têm de tudo o que precisam para viver", frisou.

Pretória - A líder da Aliança Democrática (DA), principal partido da oposição na África do Sul, Helen Zille, acusou, este fim-de-semana, o Congresso Nacional Africano (ANC), de tolerar o que chamou da extensão do apartheid económico e permitir o "gritante" fosso entre ricos e pobres no país, escreve o jornal sul-africano Sunday Times.



Discursando em Pretória, a capital sul-africana, num comício que reuniu militantes e apoiantes do seu partido, Zille disse que o ANC é responsável pela situação ao tolerar a diferença entre ricos e pobres.



Zille, jornalista de carreira durante o apartheid, criticou o partido no poder na África do Sul ppelo que apelidou de grandes diferenças entre os "abastados" e aqueles que nem sequer têm uma refeição no fim do dia de trabalho.



"Eles estão satisfeitos com o baixo nível de crescimento e poucos empregos, uma vez que têm de tudo o que precisam para viver", frisou.



Acusou este antigo movimento de libertação sul-africano e seus aliados, nomeadamente Partido Comunista da África do Sul (SACP) e Confederação dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu), por não haver liberdade económica, argumentando que a economia, ainda em poder da minoria, continua a separar os cidadãos.



Disse que existem aqueles que chamou "os de dentro", os que têm empregos, casas e prosperam em construir um futuro melhor, acrescentando que "os de fora", que são a maioria dos sul-africanos, não possuem oportunidade para uma ocupação.



Num ataque bem cerrado, Zille, que também é " Premier" (Governadora) do Cabo Ocidental, denunciou o estado em que se encontram os estabelecimentos de ensino, com muitos deles sem as mínimas condições, o que, segundo ela, terá os seus reflexos no futuro da população juvenil do país.



Como que estando numa campanha eleitoral, ela anunciou que a DA possui um plano tendente a pôr fim a estas divisões, prometendo assegurar um ambiente favorável de investimento, crescimento e desenvolvimento do empresariado, expansão do comércio externo, com destaque em África.



Zille explicou que não existe um país no mundo que possa crescer economicamente enquanto a maioria da sua população for desempregada e a viver na pobreza absoluta.



Sublinhou que o plano para o crescimento defendido pelo seu partido inclui o desenvolvimento dos estabelecimentos de ensino público, para que o sistema permita aos jovens a ingressarem no mercado laboral.



Também afirmou que todo o tipo de negócio será bem-vindo, argumentando ser este sector que gera o emprego.



Segundo Zille, o seu partido defende a implementação de um subsídio para a população juvenil sul-africana, ilustrando que na região do Cabo, governada pela DA, a experiência está a mostrar os seus propósitos.



Disse que a ambição é ver este plano a ser implementado em toda a África do Sul e não apenas na região do Cabo Ocidental, onde pelo menos 400 mil jovens ja beneficiam do programa.



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Manoel Messias Pereira

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