sexta-feira, 29 de março de 2013

Isaac Murade Murargy esta com dificuldade para reunir as autoridades da CPLP


Secretário Executivo da CPLP com agenda pendente na Guiné-Bissau


 
Bissau – O Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Isaac Murade Murargy, que se encontra em vista de trabalho à Guiné-Bissau, está a enfrentar dificuldades para se reunir com as autoridades de transição.

Desde a chegada a Bissau, Murade Murargy encontrou ausentes algumas das figuras do país, nomeadamente Serifo Nhamadjo, Rui Duarte Barros e Faustino Fudut Mbali, respectivamente o Presidente de transição, o Primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Uma nota de imprensa da Presidência da República informou, esta segunda-feira, 25 de Março, que Serifo Nhamadjo viajou para um outro país estrangeiro, depois da sua deslocação à Nigéria, para efectuar tratamento médico, sem indicar o referido país.

Segundo informação avançada à PNN por uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiro, esta terça-feira, 26 de Março, o diplomata moçambicano deverá deslocar-se à sede da União Africana, onde irá reunir com o representante da união em Bissau, Ouvídio Pequeno.

Aquando da sua chegada ao país, esta segunda-feira, o Secretario Executivo da CPLP afirmou que o bloco lusófono nunca esteve ausente da Guiné-Bissau.

Murade Murargy explicou que veio à Guiné-Bissau com o objetivo de constatar pessoalmente a real situação do país e propor à CPLP a melhor forma de ajudar a nação a encontrar paz e estabilidade.

«Venho numa missão de paz e de amizade da CPLP, trazer a nossa solidariedade para com a Guiné-Bissau e conhecer melhor a situação neste momento, bem como ver em que medida a CPLP pode ajudar a encontrar a paz e estabilidade. Esse é o objetivo, conhecer a situação real do país», revelou o diplomata moçambicano naquela que é a sua primeira visita à Guiné-Bissau.

Sem ainda se ter encontrado com as autoridades de transição, sociedade civil, partidos políticos e corpo diplomático residente em Bissau, o Secretário Executivo da comunidade salientou que, na perspetiva da organização lusófona, há claros sinais de que «os guineenses querem a paz».

«Em primeiro lugar, tem de haver uma boa vontade entre as partes. Estou convencido de que sim, os guineenses querem a paz e, por isso, tudo o que nós fizermos é para apoiar os guineenses a encontrarem a sua paz, a sua estabilidade. Eu acredito que há uma boa vontade da parte de todos os guineenses, se eles encontrarem uma plataforma de entendimento sem exclusão de ninguém eu creio que posso sair daqui com a expectativa de que a missão foi cumprida», observou Murade Murargy.

«A CPLP nunca esteve ausente da Guiné-Bissau. Apenas por questões de ordem estratégica, eu queria conhecer mais de perto a situação. A CPLP nunca esteve ausente da situação da Guiné-Bissau», acrescentou o responsável da organização lusófona, que chamou a atenção sobre a necessidade de criação de um Governo de inclusão.

«É esse o objetivo da comunidade internacional. Um Governo inclusivo em que todos participem, para que se possa conduzir o processo até à realização de eleições», defendeu o diplomata, que aproveitou para esclarecer que houve um engano nas informações passadas sobre a sua ida a Adis Abeba, Etiópia, para participar na reunião da União Africana.

(c) PNN Portuguese News Network






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Manoel Messias Pereira

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