terça-feira, 4 de junho de 2013

Escritora conta estória angolanas na Escola Americana

Portugal
Cremilda de Lima

Escritora conta estórias angolanas na Escola Americana

Luanda - A escritora angolana Cremilda de Lima contou estórias angolanas às crianças do 3º, 4º e 5ºanos da Escola Americana de Lisboa (CAISL), num acto que encerrou a II Quinzena Cultural Africana da referida escola.

Cremilda de Lima contou sexta-feira, durante uma hora, as estórias dos seus livros “O Maboque Mágico” e “O Imbondeiro que Queria Ser Árvore de Natal”, realçando o lugar dos mais velhos na cultura angolana como fonte de sabedoria e de transmissão dos valores morais e éticos da sociedade.

Ao contar a estória do “Imbondeiro Que Queria Ser Árvore de Natal”, sublinhou a importância de cada sociedade preservar e promover a sua cultura, respeitando as outras, enfatizando que ”esta é a razão me trouxe “ à CAISL.

A escritora que mostrou maboques e mucuas que trouxe de Angola às mais de cem crianças presentes falou da solidariedade africana, da flora e fauna angolanas, explicando como a palanca negra gigante se tornou o símbolo da companhia aérea de bandeira, a TAAG e da selecção nacional de futebol de Angola, durante uma sessão de autógrafos de seus livros, uma oferta do Ministério angolano da Cultura.

Para a Katie Morris, directora do Elementary (básico), a iniciativa é muito “enriquecedora para a Escola e os alunos” que puderam aprender o que é e qual o papel desempenhado pelo Soba, coisas da mitologia nacional como a Kianda ou como é ser Kota em Angola.

Orientados pelas professoras de português Dulce Lopes e Magda Coimeira, os alunos já tinham lido em aula um outro conto da escritora “ a Viagem do Pai Natal”, que figura entre os livros oferecidos pelo Ministério angolano da Cultura, na I Quinzena.

Antes de Cremilda de Lima, também enquadrado na referida Quinzena, o poeta cabo – verdiano , José Luís Hopffer Almada, numa palestra para 9º e 10ºanos sobre “Como fazer poesia”, enumerou as condições necessárias para se escrever poesia, sublinhando a inspiração, conhecimento profundo de poesia e domínio da língua.

Falou do seu percurso, da importância da diáspora na literatura cabo-verdiana, dos processos políticos de Cabo Verde e da luta de libertação dos povos das ex-colónias portuguesas que contribui para o 25 de Abril (Revolução dos Cravos) em Portugal.

Os alunos que já tinham analisado em aula com as professoras de português Gisel Teixeira e Rita Ribeiro cinco poemas do autor, mostraram-se muito interessados em saber mais sobre a realidade do arquipélago.

A Quinzena, iniciada com a pintura do quadro “Paz, Amor e Pão” que deu título a exposição de pintura de Ângelo de Carvalho (Angola), Chicorro e Suzy Bila (Moçambique), Ismael Sequeira (São Tomé e Príncipe) e David Levy Lima (Cabo Verde) e vários desenhos sobre África, de alunos da escola, envolveu cores, sabores, ritmos e letras do G5 (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe .

Durante três dias, num acto de solidariedade, Ângelo de Carvalho pintou, com os alunos do Elementary da CAISL, o referido quadro a ser leiloado a favor da UNICEF, em resposta ao apelo daquele organismo da ONU, visando angariar mil milhões de euros para salvar crianças em risco de morrer à fome em África, numa iniciativa promovida pela Jornalista e socióloga angolana Luzia Moniz.

No lanche, realizado terça-feira às crianças e pessoal docente puderam saborear a queijada de coco e o miconde de Angola, o couscous e os pastéis de atum de Cabo Verde, as filhós de banana e os pastéis de peixe da Guiné-bissau, o doce de mandioca de Moçambique, bolo de jaca e os pastéis de fubá de São Tomé e Príncipe acompanhados da Kissangua de mucua (Angola e Guiné-Bissau).

Entre os apoiantes do evento destacam-se o Ministério angolano da Cultura, a TAAG e a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA).

Fundada há 57 anos, a CAISL, considerada uma escola de excelência com um ensino personalizado do pré-primário ao 12º ano, tem uma comunidade escolar oriunda de todos os continentes, abarcando mais de 30 nacionalidades, entre as quais algumas africanas, onde se inclui a angolana.

É a única escola em Portugal que conta com o apoio de Departamento de Estado e apoio directo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que assina os diplomas dos melhores alunos



É a única escola em Portugal que conta com o apoio de Departamento de Estado e apoio directo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que assina os diplomas dos melhores alunos.










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Manoel Messias Pereira

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