sábado, 13 de julho de 2013

Pedras

MEUS POEMAS:

Pedras.

Pedras flutuam a mente,
Carbonizando a massa encefálica.
Com a fumaça se esvai a cor cinza da razão,
Sem noção, sem vida.

Mentes flutuam, entregues e perdidas.
Vagam seus pensamentos em viagens confusas,
Com a rapidez de um trem bala, desgovernado
A busca d’outro corpo.

Presos a labirintos imaginários, mitológico,
Fogem de criaturas grotescas e ameaçadoras.

Esfumaçam suas mentes, suas vontades poucas.
Dormem acordados sem perceber que o tempo
Já não tem dimensão necessária para sua vida.

Dormem dementes sem intuir um lampejo
De morte passar rapidamente por suas cabeças
Feitas da pedra que veio do pó que virou pedra
E que lhe transformará em pó de pedra.

A morte flutua em fumaça adormecendo a dor.
Despertando o falso prazer vindo da fantasia
Que o sólido abstrato pode lhes proporcionar.

Morre a mente flutuando perdida em nevoeiro.
Morrem inocentes pelo peso de tantas pedras,
Que edificará seus túmulos escondidos
E perdidos na fumaça de todas as dores
Criadas pelo falso prazer que está construindo
um novo e abandonado mundo podre.


Benedito Alberto Villalva

poeta
São José do Rio Preto-SP

Um comentário:

  1. Fez-me pensar em um poema de Cecília" "Ele era pedra da minha pedra / Mas nunca soube se era bem meu..." maravilhoso! Gosto dos toques surreais.

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Manoel Messias Pereira

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