Manuel Jorge Marmelo vence prémio literário Correntes d' Escritas
Áudio Reportagem de Maria João Costa
Obra “Uma Mentira Mil Vezes Repetida” foi escolhida entre uma lista de 15 finalistas. O autor, um ex-jornalista agora desempregado, já reagiu à atribuição do prémio: “É um suplemento de ânimo". por Maria João Costa
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Correntes d'Escritas faz 15 anos
O escritor Manuel Jorge Marmelo e o livro "Uma mentira mil vezes repetida" são os vencedores do Prémio Literário Casino da Póvoa atribuído no âmbito do festival Correntes d'Escritas, que este ano comemora 15 anos. O anúncio foi feito na Póvoa de Varzim onde o autor, um ex-jornalista agora desempregado, já reagiu à atribuição do prémio: “É um suplemento de ânimo".
Manuel Jorge Marmelo, sem emprego há mais de um ano, esta quinta-feira, perante o secretário de Estado do Turismo deixou críticas à política económica do governo.
O júri constituído pelos escritores Carlos Quiroga e Patrícia Reis, a professora universitária e ex-ministra da cultura Isabel Pires de Lima, o poeta Pedro Teixeira Neves e a crítica literária Sara Figueiredo Costa considerou a obra "uma singular parábola sobre a literatura e o seu poder redentor". Na acta da reunião, que decorreu na noite de quarta-feira, na Póvoa de Varzim pode ler-se ainda que “’Uma mentira mil vezes repetida’ vem confirmar a maturidade do autor no domínio da narrativa.”
Este é um livro editado pela Quetzal em 2011 que relata a história de um homem que passa os dias a divagar pelos transportes públicos do Porto com um livro debaixo do braço. A obra "Cidade conquistada" é um livro da autoria de Oscar Schidinski inventado pelo narrador, com mais de mil páginas e mil capítulos. Em 2011, à Renascença, Manuel Jorge Marmelo explicava que este livro tinha como personagem central "uma pessoa, como boa parte das pessoas que andam por aí desejosa de atenção e celebridade." Numa entrevista emitida no programa Ensaio Geral, Manuel Jorge Marmelo explicou ainda que "Uma mentira mil vezes repetida" fechava o ciclo de uma tetralogia que começou com "Os fantasmas de Pessoa", depois teve "Onde o vento me levar" e "As sereias do Mindelo".
Nascido em 1971, no Porto Manuel Jorge Marmelo estreou-se na literatura em 1996 e publicou, desde então para cá, mais de vinte títulos. Entre eles estão "As mulheres deviam vir com livro de instruções", "O homem que julgou morrer de amor" ou os mais recentes "Somos todos um bocado ciganos" ou "Aonde o vento me levar". Manuel Jorge Marmelo conquistou em 2005 o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro "O silêncio de um homem só".
O ex-jornalista e cronista do jornal "Público" é presença assídua do Festival Correntes d'Escritas. Esta sexta-feira irá participar numa mesa de debate marcada para as 22 horas no Salão de Congressos do Hotel Axis Vermar. O debate dedicado ao tema "Cada livro é a antologia corrente da existência", Manuel Jorge Marmelo terá a seu lado os escritores Carlos Quiroga, Joana Bértholo, Manuel da Silva Ramos, Miguel Souta Tavares, o Prémio Saramago 2013 Ondjaki e Rui Zink.
Entre os finalistas ao prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da decima quinta edição das Correntes d'Escritas estavam também obras de Juan Marsé, "Caligrafia dos sonhos"; Rui Zink "A instalação do medo"; António Cabrita, "A maldição de Ondina" entre outros.
No ano passado o prémio tinha sido atribuído a Hélia Correia pela obra "A terceira Míseria". Entre os galardoados dos últimos anos estão nomes como o brasileiro Rubem Fonseca, Maria Velho da Costa, Ana Luísa Amaral, Lídia Jorge, Pedro Tamen entre outros.
Recorde aqui a entrevista feita pela jornalista Maria João Costa ao autor, aquando do lançamento do livro.
CULTURA
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Manuel Jorge Marmelo, sem emprego há mais de um ano, esta quinta-feira, perante o secretário de Estado do Turismo deixou críticas à política económica do governo.
O júri constituído pelos escritores Carlos Quiroga e Patrícia Reis, a professora universitária e ex-ministra da cultura Isabel Pires de Lima, o poeta Pedro Teixeira Neves e a crítica literária Sara Figueiredo Costa considerou a obra "uma singular parábola sobre a literatura e o seu poder redentor". Na acta da reunião, que decorreu na noite de quarta-feira, na Póvoa de Varzim pode ler-se ainda que “’Uma mentira mil vezes repetida’ vem confirmar a maturidade do autor no domínio da narrativa.”
Este é um livro editado pela Quetzal em 2011 que relata a história de um homem que passa os dias a divagar pelos transportes públicos do Porto com um livro debaixo do braço. A obra "Cidade conquistada" é um livro da autoria de Oscar Schidinski inventado pelo narrador, com mais de mil páginas e mil capítulos. Em 2011, à Renascença, Manuel Jorge Marmelo explicava que este livro tinha como personagem central "uma pessoa, como boa parte das pessoas que andam por aí desejosa de atenção e celebridade." Numa entrevista emitida no programa Ensaio Geral, Manuel Jorge Marmelo explicou ainda que "Uma mentira mil vezes repetida" fechava o ciclo de uma tetralogia que começou com "Os fantasmas de Pessoa", depois teve "Onde o vento me levar" e "As sereias do Mindelo".
Nascido em 1971, no Porto Manuel Jorge Marmelo estreou-se na literatura em 1996 e publicou, desde então para cá, mais de vinte títulos. Entre eles estão "As mulheres deviam vir com livro de instruções", "O homem que julgou morrer de amor" ou os mais recentes "Somos todos um bocado ciganos" ou "Aonde o vento me levar". Manuel Jorge Marmelo conquistou em 2005 o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com o livro "O silêncio de um homem só".
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Entre os finalistas ao prémio Literário Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da decima quinta edição das Correntes d'Escritas estavam também obras de Juan Marsé, "Caligrafia dos sonhos"; Rui Zink "A instalação do medo"; António Cabrita, "A maldição de Ondina" entre outros.
No ano passado o prémio tinha sido atribuído a Hélia Correia pela obra "A terceira Míseria". Entre os galardoados dos últimos anos estão nomes como o brasileiro Rubem Fonseca, Maria Velho da Costa, Ana Luísa Amaral, Lídia Jorge, Pedro Tamen entre outros.
Recorde aqui a entrevista feita pela jornalista Maria João Costa ao autor, aquando do lançamento do livro.
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